Espírito Geográfico

Qualquer que seja o tipo de lugar, devemos ter sempre presente a sua posição no tempo, bem como sua localização no espaço. Um lugar não pode ser compreendido meramente pela observação da interação das forças da atualidade. Conhecer o legado do passado e sentir a presença da transformação, são qualidades essenciais ao espírito geográfico

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Resumo de descrição Biogeográfica da região do Médio Paraíba

Descrição biogeográfica







Como parte do segundo capitulo do trabalho regionalizará, ou seja, dividiremos o território do Médio Paraíba em duas partes; a Região Industrial do Médio Paraíba que é formada pelos municípios de Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro e Volta Redonda. A maior parte do território dessa região corresponde à porção sul do Vale do Médio Paraíba do Sul. Esse rio e seus tributários (afluentes) sofreram profundas mudanças em suas vazões para o abastecimento de água e produção hidroelétrica e ainda, o rio está submetido a ação poluidora das atividades industriais da região.
A outra região conhecida como Região Turístico-cultural do Médio Paraíba é compreendida pelos municípios Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Rio das Flores, Valença e Vassouras.
No século XIX, os municípios dessa região comandaram a economia da então província do Rio de Janeiro, com a cafeicultura, porem com o fim desta atividade as áreas degradadas se tornou improdutivas transformando-se em pastagens. Atualmente sua economia está apoiada na agropecuária, no turismo rural e cultura, no ecoturismo e os esportes de aventura. A região apresenta ainda os Pólos Universitários de Vassouras e Valença.
A Região Industrial do Médio Paraíba apresenta grande crescimento nos setores siderúrgico, metalúrgico e automotivo, principalmente nos municípios de Volta Redonda, Resende e Porto Real, sendo apoiado pela reestruturação do Porto de Sepetiba, tornando esta região um novo Pólo Industrial Regional.
A Região Turístico-cultural do Médio Paraíba, do ponto de vista biogeográfico, é caracterizado por fragmentos de Mata Atlântica pouco protegidas, ampliando a vulnerabilidade ambiental devido à grande atração e concentração de população para essas regiões.
Esta região está inserida na sub-regionalizacao geomorfológica do Vale do Paraíba, sendo caracterizadas por escarpas e reversos de Serra do Mar, encontradas florestas semi-desiduais e formação fitoecológica. Também podemos observar áreas de florestas ombrófilas densas.
Os remanescentes da mata são protegidos por parques estaduais e reservas biológicas, como a Reserva do Tinguá, da Serra da Concórdia em Valença e de Itatiaia.

Gestão Ambiental Regional : Médio Paraíba


Gestão ambiental Regional: Médio Paraíba


            A região do Médio Paraíba, localizada ao sul do estado do Rio de Janeiro, foi de vital importância para a história do Brasil, uma vez que, foi naquela localidade onde se desenvolveu a cultivo do café, que num dado momento foi o carro chefe da economia do nosso país, por volta do séc. XIX até 1930, quando acontece a primeira crise mundial do capitalismo. O cultivo e uso do café foram e são de vitais importância para o Brasil, pois foi através dele que se financiou o princípio da nossa industrialização, há também que se lembrar a questão cultural, a cotidianidade do café, uma vez que temos duas refeições  com nomes atribuídos a esse vegetal (café da manha e café da tarde). Porém durante o ciclo do café, houve um descaso, ou falta de conhecimento, por parte do governo, da população e, sobretudo dos donos das terras, de uso sustentável da região, e de manejo do solo, essa descaso aliado ao desmatamento para o cultivo geraram problemas ambientais e sociais, que hoje, se agravam, e esse faz necessário uma intervenção para que possa recuperar ambiental e socialmente aquela localidade.
            Nesse sentido, o trabalho visa elucidar os principais problemas ambientais daquela região, sugerir estratégias para recuperação das áreas degradadas, assim como implementar um gestão auto sustentável pós recuperação, como turismo nas fazendas histórias e o ecoturismo nos remanescentes de mata atlântica, tentando promover geração da renda sustentável para a população. Para tanto o trabalho se divide em cinco partes.
            Num primeiro momento a equipe de trabalho pretende resgatar a história local, visando enaltecer os valores históricos culturais e ambientais da região, tentando sensibilizar a população para que criem, ou aumente um vinculo de efetividade, valorizando a própria cultura, assim como, os trabalhos realizados.
            Na segunda parte visamos esclarecer as caracteristicas da biogeográficas e sociais da região do médio Paraíba para então elaborar um zoneamento afim de melhorar o trabalho a ser empregado, tanto no lado social quanto ambiental.
            Na terceira parte, após termos resgatado a história e descrescrito as características sócio-ambientais da localidade, apontaremos os principais problemas ali relacionados, para que possamos elaborar estratégias de resolução da problemática diagnosticada, e fomentar um plano que perpassa pela gestão e o planejamento, tentando implementar um governança democrática, participativa, onde se respeite as carências e limitações da sócio-ambientais e visem ultrapassar essas limitações sem descaracterizar a cultura desenvolvida ali.
            Na quarta parte do trabalho, faremos uso da Educação Ambiental, como complemento a recuperação das áreas degradadas, a fim de manter o trabalho elaborado, sensibilizando a população para causa ambiental, elucidando que os problemas ambientais são frutos de uma desigualdade social, e que uma reflete na outra, e que cabe a comunidade se organizar e fazer valer de seus direitos, perante as ações da esfera pública e privada, explicando que o espaço em que vivemos é um espaço ideologicamente construído, através do trabalho, e que somos nós os produtores do espaço, pois o espaço é justamente a reprodução das relações de produção.
            Na quinta parte a equipe se compromete a elaborar ações de geração de renda auto-sustentável, fazendo uso do ecoturismo e da agricultura familiar de subsistência, num sistema de cooperativa, capacitando a população para tal, fornecendo consultoria, cursos e palestras, num primeiro instante, e treinando alguns moradores para que se mantenha esse programa, de  cursos e palestras.